Predestinado – Arigó e o Espírito do Dr. Fritz Nacional Online
José Pedro de Freitas, mais conhecido por Zé Arigó (Danton Mello), era um homem simples que morava junto com a sua esposa Arlete (Juliana Paes) em Congonhas, Minas Gerais. Durante a década de 50, uma época em que a religião espírita não era tão conhecida e respeitada no país, Arigó tornou-se um símbolo de esperança através de suas cirurgias e curas espirituais. Baseada na história real, Arigó, com o auxílio do espírito de Dr. Fritz, fez inúmeras cirurgias espirituais em pessoas do Brasil e do mundo. Após várias dores de cabeça, insônia e visões, Arigó passou a ouvir vozes e sonhar com uma pessoa que se denominava como Adolph Fritzum, um médico alemão desencarnado durante a Primeira Guerra Mundial. Após um tempo rejeitando a alma, Arigó passou a fazer os desejos de Fritz, curando pessoas que precisavam de cirurgias espirituais. Apesar da desaprovação da Igreja Católica e das autoridades civis, Arigó fundou uma clínica à Rua Marechal Floriano, em Congonhas, onde chegava a tratar, gratuitamente, até duzentas pessoas por dia.
Com direção de Gustavo Fernandez, o longa conta a história de um homem simples, mineiro, chamado José Arigó, que através do espírito de Dr. Fritz, médico alemão falecido durante a Primeira Guerra Mundial, tornou-se uma esperança de cura para milhões de pessoas ao redor do mundo e curava pessoas.
Essa é a base do filme Predestinado: Arigó e o Espírito do Dr. Fritz que estreia em 1º de setembro no Brasil. Zé Arigó ganha vida no longa através do ator Danton Mello, em boa atuação, que é expressada principalmente nas mudanças faciais e comportamentais que ocorrem quando recebe o espírito do Dr. Fritz. O drama começa com um tom parecido com filmes de terror, numa bela introdução onde o médium entra sorrateiro, surge como sombra, para fazer uma cura.
Inspirado na história real da vida de José Arigó, o filme é mais do que um drama biográfico ou um filme espírita: é o devido reconhecimento nacional para uma importante personalidade de uma religião que, tivesse nascido em outro país, seria motivo de estudo, não de rechaço, como o próprio filme diz.
Sob direção de Gustavo Fernandez, diretor-geral do sucesso Pantanal, e com roteiro de Jacqueline Vargas, o longa é bem produzido e procura usar planos detalhados com o auxílio do recuso de sombras e closes para impressionar o espectador. Os olhos, as “janelas da alma”, são destaque constante. Fazendo uso de recursos narrativos do terror para retratar as famosas cirurgias espirituais de José Arigó.