Como Seria se…? Dublado Online
Na véspera de sua formatura na faculdade, a vida de Natalie diverge em realidades paralelas: uma em que ela engravida e permanece em sua cidade natal para criar seu filho e outra em que ela se muda para Los Angeles para seguir sua carreira dos sonhos.
A moda das realidades paralelas deixou mesmo o cinema de fantasia e super-heróis e transpirou para outros gêneros, onde já aparecia esporadicamente, como nas comédias românticas sobre tomadas de decisão, a exemplo de De Caso com o Acaso (1998). O que surpreende em Como Seria Se… é a simplicidade da narrativa e como ela nos aproxima de realidades paralelas de um jeito sutil e pessoal. A comédia aqui fica para outro momento, e o amadurecimento se torna a estrela principal.
A trama fala de Natalie (Lili Reinhart, de Riverdale), uma jovem de 22 anos que está a poucos dias de se formar na faculdade, cheia de planos profissionais e pronta para aproveitar a vida – até que toda essa excitação resulta em uma noite de sexo casual com seu melhor amigo, Gabe (Danny Ramirez, de Top Gun: Maverick). Na noite de sua formatura, enjoada, ela decide fazer um teste de gravidez, e a partir daí o longa se divide em duas narrativas: uma em que o teste resulta em positivo, e outra em que Natalie nunca engravidou de Gabe e continua seguindo seus planos.
As histórias vão se desenrolando simultaneamente, alternando entre uma realidade e outra; o começo pode ser um pouco confuso, mas a sequência dos acontecimentos deixa a demarcação cada vez mais clara. Não demora para ficar visível que o que poderia ser uma comédia romântica, focada em interesses amorosos, desabrocha em conflitos mais complexos e reais. A diretora queniana Wanuri Kahiu (Rafiki) demonstra sempre um olhar muito sensível em seus projetos, e este não é exceção.
Natalie carrega muitos elementos emocionais como personagem, seja lutando para se adaptar à maternidade, ou para suprir suas próprias expectativas como profissional. Independente da versão da história que estamos seguindo, Wanuri sabe transmitir as dores e renúncias de sua personagem. A diretora faz questão de mostrar que nenhuma realidade é melhor que a outra, ou a certa a ser vivida: todas as escolhas e momentos experienciados pela personagem têm pontos altos e baixos, assim como a vida.