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Alice: Uma Acompanhante Parisiense

Alice: Uma Acompanhante Parisiense

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Sinopse

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Alice levava um casamento feliz ao lado de sua família, até o dia em que o seu marido resolve abandoná-la sem dinheiro algum. Com medo de perder a casa em que mora com seu filho, ela decide procurar trabalho na agência de acompanhantes de luxo que o seu marido frequentava e entrar para o mundo da prostituição.

Alice (Emilie Piponnier) parece a mãe e a esposa perfeita, vivendo uma vida feliz com sua família. Porém, quando ela descobre que seu marido tem uma outra vida que consumiu todo seu dinheiro e a deixou para cuidar sozinha de seu filho, ela se vê obrigada a lutar para sobreviver em um mundo além de tudo que ela conhece.

O cônjuge torrou o dinheiro do casal por conta do vício em prostitutas de luxo, deixando-a com uma dívida absurda que precisa ser sanada em pouco tempo. A curiosidade a leva a tentar entender o serviço ao qual ele recorria compulsivamente e, sem qualquer autocondenação moral

Ela passa a dispor do próprio corpo a fim de sustentar o filho pequeno e evitar que o apartamento seja confiscado pelo banco credor. De certa forma, como bem entendemos no clímax de Alice: Uma Acompanhante Parisiense, ela está fazendo de tudo para manter o mais inalterada possível a sua rotina. Pontos positivos para a falta de uma progressão fundamentada na culpa por se prostituir. Isso já é um alento e tanto.

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Alice não atravessa uma crise clássica de consciência, passando longe de colocar a capitalização do sexo como motivo de vergonha presente e/ou futura. Alice: Uma Acompanhante Parisiense mostra com naturalidade a atividade desempenhada com claudicâncias, mas não está preocupado em desenhar o drama a partir dela.

O mais relevante é entender a jornada dessa mulher outrora acostumada com a rotina passiva, mas que experimenta uma liberdade tremenda ao desvencilhar-se dos problemas mais imediatos por força de sua iniciativa. A mercantilização do corpo, então, não é encarada como essencialmente problemática pela realizadora, sobretudo porque ela parte de uma vontade, ainda que engatilhada pela necessidade.

Lisa (Chloé Boreham) diz com todas as letras “você pode recusar” quando a protagonista recebe o convite para entrar nesse mundo. Uma pena, no entanto, que o filme não se embrenhe nas complexidades de tudo o que dispõe na telona, apenas as sinalizando.

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